quarta-feira, 17 de junho de 2015

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TETRAPARESIA ESPÁSTICA E FLÁCIDA


Tetraparesia é a perda parcial da motricidade nos quatro membros. Diferencia-se da tetraplegia, que é a ausência de movimentos. Geralmente, ocorre devido à anóxia e isquemia do tronco encefálico, traumas na medula cervical, neuropatias e doenças que afetem a junção neuromuscular. Pode ser classificada em dois tipos: espástica e flácida.
A tetraparesia espástica se caracteriza pela presença de postura motora em semiflexão, espasticidade nos quatro membros e no tronco. Um exemplo de tetraparesia espástica é a paralisia cerebral, doença na qual o paciente apresenta a espasticidade, disartria, disfagia, podendo ocorrer também microcefalia e deficiência mental. Ela ocorre no período embrionário ou nos primeiros meses de vida, devido a lesões ou anomalias de desenvolvimento.
Já a tetraparesia flácida se apresenta como perda de sensibilidade e da força de contração muscular dos quatro membros, além de hiporreflexia. A síndrome de Guillain-Barré é um exemplo de doença que apresenta tal sintomatologia. Caracteriza-se por fraqueza simétrica, abolição dos reflexos tendinosos, diplegia facial e alteração de sensibilidade nas mãos e nos pés. Tem início súbito, atingindo os nervos periféricos e cranianos, podendo ser causada por infecção viral respiratória, vacinas ou procedimentos cirúrgicos.
Assim, vemos que as duas formas clínicas da tetraparesia possuem características marcantes, sendo possível diferencia-las e iniciar terapias específicas.


REFERÊNCIAS:

ÁVILA, A. S. V; ROCHA, C. A. Q. C. Atuação fisioterapêutica em paciente com PC com tetraparesia espástica assimétrica: um estudo de caso. Revista científica da Faminas. Belo Horizonte.  v. 10, n. 2, p. 21–27,maio-ago. 2014.

DINARDO, C. L. et al.  Porfirias: quadro clínico, diagnóstico e tratamentos. Revista de Medicina. São Paulo. v. 89, n. 2, p. 106-114. abr.-jun, 2010.

LIU, W. et al. Postural alignment in children with bilateral spastic cerebral palsy using a bimanual interface for powered wheelchair control. Journal Of Rehabilitation Medicine. v. 46, p. 39–44. 2014.

ROSA, A. A. A; SOARES, J. L. M. F; BARROS, E. Sintomas e Sinais na Pratica Médica: Consulta Rápida. Artmed: Rio de Janeiro, 2006.

ROWLAND, L. P; PEDLEY, T. A. Merrit, tratado de neurologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabaran Koogan, 2011.

Por: Lucas Reichert
Acadêmico de Medicina
Membro da LIPANI

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