domingo, 2 de fevereiro de 2014

OCLUSÕES DE VASOS ESPECÍFICOS (Artéria Cerebral Média I)


  • ANATOMIA
A artéria cerebral média dá origem às artérias lenticuloestriadas medial e lateral, que suprem a cápsula extrema, o claustro, o putâmen, a maior parte do globo pálido, parte da cabeça e todo o corpo do caudado e também as partes superiores dos braços anterior e posterior da cápsula interna. A divisão superior geralmente dá origem aos ramos orbitofrontal lateral, frontal ascendente, pré-central (pré-rolândico), central (rolândico) e parietal anterior, enquanto a divisão inferior compreende habitualmente os ramos polar temporal, temporoocipital e temporal anterior, médio e posterior. Os ramos parietal posterior e angular são mais variáveis em relação à sua origem da artéria cerebral média.






  • OCLUSÃO
Um enfarto da artéria cerebral média causa fraqueza contralateral, anestesia, hemianopsia homônima e, dependendo do hemisfério envolvido, distúrbio da linguagem ou alteração da percepção espacial. Se o tronco principal da artéria for obstruído, o infarto afeta a convexidade e estruturas cerebrais profundas, incluindo não apenas os córtex motores e sensitivos sobre a convexidade cerebral como também a alça principal da cápsula interna; a face, o braço e a perna são igualmente afetados por fraqueza e anestesia. Se o infarto poupar o diencéfalo após oclusão da divisão superior, a fraqueza e a anestesia são maiores na face e no braço que na perna. Quando o infarto se limita à região do ramo rolândico, essa fraqueza e anestesia podem ser os únicos sinais. Um pequeno infarto ou lacuna na capsula interna (por oclusão de um ramo lentículoestriado penetrante da artéria cerebral média proximal) pode causar uma síndrome de hemiparesia pura afetando a face, o braço e a perna, porém sem nenhum outro sintoma.

OBS: A angioressonância, método não invasivo, demonstra fluxo vascular arterial ou venoso (conforme os parâmetros utilizados), sem cateterização ou injeção de contraste. Ao contrário da angiografia digital, em que o contraste é injetado em um grande vaso (carótida interna, externa ou uma das Aa. vertebrais) e demonstra o território respectivo, na angiorressonância todos os vasos de alto fluxo são demonstrados simultaneamente (artérias na angiorressonância arterial, ou veias na angiorressonância venosa), dando boa idéia das interrelações anatômicas.
As imagens abaixo foram obtidas de cinco pessoas adultas, de ambos sexos, com angioressonância arterial normal, e são aqui usadas para estudar a anatomia das artérias cerebrais.  As imagens estão apresentadas segundo o plano de incidência - axial, coronal ou sagital.









FONTE:
http://info-radiologie.ch/pt/ressonancia-circulo-willis.php
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=1&materia_id=417&materiaver=1
Tratado de Neurologia, MERRIT.

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